A ironia do papel de pais
Ontem de manhã publiquei este post, escrito na noite anterior, mas que reflecte o meu estado de espírito nestas últimas semanas. Hoje, quando acordei, abri o email no telemóvel, e deparei-me com a habitual newsletter da Magda, que leio sempre! Já a tinha recebido na 3.ª feira mas não tinha lido. Li hoje. Tudo o que tenho sentido se resume a isto!
“Não deixa de ser irónico o papel de pais. Durante anos e anos providenciamos amor, aconchego, preocupamo-nos… Ensinamos, acompanhamos e corrigimos… e tudo isto para que um dia eles se encham de força e nos deixem. Educar é mesmo isso – ensiná-los a ser para o serem sozinhos.“
Por um lado é irónico, que dediquemos os melhores anos da nossa vida a criar vidas, para que depois, uns anos mais tarde, acabemos por ficar sozinhos. Mas não é o propósito? Se fizermos bem o nosso trabalho, mesmo sem termos os filhos debaixo da nossa asa, estaremos sempre acompanhados. Além do mais, a maior ironia é a própria vida, em todas as suas vertentes.