Banalidades

A não perder! Porque “a infância não se repete!”

A associação Caminhos da Infância, pelo segundo ano consecutivo, lança a sua campanha de
sensibilização pública destinada a alertar para os efeitos do mau trato na infância, no âmbito do
Mês Internacional da Prevenção do Mau Trato na Infância (Abril). Trazer este tema para a
reflexão da sociedade civil e reduzir a incidência do mau trato e negligência em Portugal é o
objectivo desta acção.
A campanha é desenvolvida com o apoio do Centro de Investigação e Intervenção Social do
ISCTE-IUL, coordenado pela Professora Maria Manuela Calheiros, contando com a colaboração
da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens, da Câmara Municipal de Lisboa, e da
Fundação EDP. 
Intitulada “A infância não se repete”, a acção será divulgada na rede de mupis da Câmara
Municipal de Lisboa, na rede de transportes públicos da CARRIS e do METRO e nas redes
sociais. A campanha é composta por um conjunto de quatro cartazes com figuras públicas – a
apresentadora televisiva Leonor Poeiras e os atores Carla Galvão, Pedro Teixeira e Filipe Duarte
– e por uma exposição pública de fotografia, daquele que considero um dos melhores fotógrafos Nacionais – Pau Storch!
O evento de lançamento desta iniciativa terá lugar no dia 28 de Março, na Sala dos Geradores
do Museu da Electricidade, pelas 16h.
Rodrigo Leitão, Diretor da “It´s happening”, explica: “Comum à maioria dos textos dos contos
infantis é a aparente ausência dos pais. Vemos os capuchinhos, os porquinhos e pés-de-feijão
da ficção entregues a si próprios nos desafios mais incríveis. Em resposta aos relatórios que nos
vão alertando para os altos índices de negligência parental, a mensagem da campanha é um
convite a que os pais e familiares estejam presentes na vida dos seus filhos
e se envolvam. Com
o seu amor, estímulo e atenção sabemos que não só protegemos as crianças dos perigos mais
imediatos, como as preparamos melhor para os desafios que enfrentarão ao longo da sua vida
.” Quão diferente teria sido a história do Capuchinho Vermelho se tivesse ido visitar a avó
acompanhada. Como refere Inês Poeiras, da Associação Caminhos da Infância, “a campanha é mais uma
resposta à persistência dos maus tratos a crianças, que continua a ser muito significativa e afecta
de uma forma transversal a população portuguesa. Pretende-se, principalmente, abarcar casos
menos discutidos, mas com maior expressão estatística, como a negligência parental.”
Do trabalho de investigação de parceria com o ISCTE-IUL, resulta a urgência de promover o
bem-estar e a qualidade das interações entre pais e filhos como condicionante de um
desenvolvimento saudável e da autoestima e satisfação pessoal na vida futura da criança,
valores que são, muitas vezes, negligenciados ou deixados para segundo plano, perante a rotina
diária dos pais ou talvez por não serem tão visíveis no seu impacto. A negligência das crianças
tem sido repetidamente identificada como a mais prevalecente forma de mau trato e é o
subtipo de mau trato mais relatado e denunciado aos sistemas de protecção de crianças. 
Paralelamente, foi preparada uma exposição de rua, com retratos de pais e filhos tirados pelo
fotógrafo Pau Storch, que se voluntariou para fazer com a Caminhos da Infância esta galeria de
rua. 
“Como fotógrafo de família, pai e com uma necessidade de retribuir, não hesitei em apoiar
o projeto desde o início. Como eu, várias famílias conseguiram apoiar a causa e mostrar que a
negligência parental pode ser mitigada, independentemente de qualquer fator social”
explica
Pau Storch. Cada retrato (pai e filho juntos) deu origem a um cartaz a preto e branco
(90cmx120cm). No seu conjunto, os cartazes serão afixados em Lisboa (em rua a confirmar),
atingindo um comprimento de cerca de 70 metros. “As sessões e respetiva edição tiveram um
impacto avassalador pela honestidade presente no olhar dos pais e filhos nesta série de
fotografias. 
“Acredito que não seja possível passar indiferente por uma extensão de fotografias
com tanto carinho, orgulho, proteção e felicidade”
testemunha, ainda, o fotógrafo. 
Nós, orgulhosos do nosso querido amigo, vamos lá estar no sábado! Quem se junta a nós?

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