Banalidades

Afinal… O que quero eu deste Natal?

Querido Pai Natal,
Este vai ser o quarto ano em que passamos um Natal a quatro, e quanto a mim, o primeiro que verdadeiramente vai deixar recordações no Daniel e na Carolina.

Se no primeiro Natal, com apenas 6 meses, nem se aperceberam do que se passava, gradualmente, nos anos seguintes, foram começando a perceber que era uma data importante. Mas este, foi o primeiro ano em que senti que realmente se deixaram envolver pelo espírito, em que quiseram participar activamente na decoração da nossa casa e em que investiram e se esforçaram por preparar uma pequena lembrança para oferecerem à família e amigos próximos. Escreveram-te uma carta, e foram levá-la ao correio, e estão ansiosos pela noite de Natal, por deixar o leite e as bolachas [e as cenouras para as renas] para comeres quando passares em nossa casa para deixar os presentes!
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Estão conscientes de que podes não conseguir trazer-lhes tudo o que pediram, pois há muitos meninos no mundo, e tens que conseguir que caibam presentes para todos, dentro do teu enorme saco! E assumem que durante o ano, nem sempre tiveram um comportamento exemplar. Mas estão ansiosos para que chegue o dia de Natal!
Quanto a mim, se queres que te diga, estou farta de prendas. Farta de consumismo, farta do dar presentes só porque tem que ser, sejam eles adequados e apreciados ou não. Em vez disso, peço-te que me ajudes para que 2016 seja melhor que o 2015.
Desde que fomos pais, a vida teima em pôr-nos à prova, e colocar-nos desafios cada vez maiores. E a tranquilidade que gostávamos de ter para apreciar devidamente esta coisa de ter filhos, acaba por ficar comprometida. Vai-se a paciência, a disponibilidade, o próprio tempo. Vai-se a qualidade da educação que queremos dar aos nossos filhos, e que exige que estejamos lá sempre para eles. Instala-se o stress, e a falta de tempo para o que realmente importa – a nossa família!
Por isso, neste Natal, o que quero é a minha lareira acesa, o meu marido e os meus filhos ao meu lado, os meus pais, irmãos e sogros, a família próxima. Quero comida na mesa, quero tempo para usufruir do convívio, para sorrir, beijar e abraçar, e pura e simplesmente… para estar! Se tiver tudo isto, e saúde para usufruir do que tenho, não preciso de mais nada!
Não precisas de te preocupar com embrulhos, nem de trazer tudo no teu grande saco, basta que nos vás concedendo um pouquinho do que te pedimos, quando vires que estamos a precisar! Afinal, é preciso tão pouco para ser feliz!
Sara Branco
[carta escrita para o Barrigas de Amor]

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