Banalidades

Agradecer por não ter que escolher!

Ontem em conversa com a minha mãe, lamentava-me sobre uma situação e a minha mãe respondeu-me que não me lamentasse porque o que era realmente triste era não ter onde viver, não ter família, não ter saúde, ou ter filhos sem saúde. Respondi-lhe que sim, que tinha razão e a conversa ficou por ali. Hoje deparei com detalhes sobre a história da Marta que desconhecia, num relato na 1.ª pessoa, de uma menina cuja história está a ganhar mediatismo devido à forma como decidiu encarar a vida nas adversidades. Por vezes precisamos destas “chapadas” para pormos as coisas no seu devido lugar.

” (…) Entretanto, o diagnóstico continuava anónimo e, na ausência de respostas, fiz mais perguntas. Encontrei um médico que me soube falar com nexo, e me escreveu um nome que explicava a minha incompetência no que toca ao simples ato de respirar. Bronquiolite obliterante pós-infecciosa. Uma sequela da pneumonia que veio a reboque da Gripe A. Uma doença rara, difícil de apanhar em falso. Uma doença sem tratamento específico, porque os casos registados foram poucos e as estatísticas quase nulas. Uma doença que me reduziu a função respiratória a números ridículos (menos de 15%), e sugou o oxigénio que me alimentava os pulmões e os deixou rendidos ao esforço insuficiente da súplica ignorada. Uma doença que tornou o imprevisível visível num curto-circuito estremecido na escuridão apalpada às cegas, e trocou o certo garantido pelo incerto adquirido. Uma doença que me trocou as voltas e os pesos, no dia em que arrumou os livros na prateleira para dar lugar à botija de oxigênio embalada na mochila presa às costas.(…)”
A reportagem completa na Visão.

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