Pediram-me para escrever sobre o amor. Confesso que pensei um bocado antes de começar a escrever, e o que pensei escrever não foi nada do que saiu! mas afinal… amores há muitos!
Quanto tinha 13 anos, tive o meu primeiro “grande amor”. Foi na minha própria festa de anos, num “baile de garagem” como era moda fazer-se na época, que me apaixonei! Apaixonei-me por um miúdo da minha idade, que andava comigo nos escuteiros, e que no escurinho, enquanto dançávamos agarrados, me espetou o primeiro beijo da minha vida! Claro que, como qualquer miúda de 13 anos, fiquei logo apaixonada! Andei apaixonada por ele até mudar de escola e conhecer um miúdo mais velho, de cabelo loiro comprido, moreno da praia (porque fazia surf), e que sinceramente, nem sei como se chamava! Esse “amor” durou mais! Uns largos meses a comprar a Surf Portugal, a namorar o Kelly Slater e o Rodrigo Herédia, as vedetas do surf da época, e a sonhar com o jovem que estava sempre a fumar cigarros ao pé do bar à hora do intervalo, de cabelos loiros ao vento, e que fazia suspirar (no mínimo) meia escola!
Lembro-me de já na escola secundária, na altura em que vivia intensamente o Carnaval, ter trocado uns beijos com um rapaz mais velho, com quem tinha amigos comuns, e lembro-me que depois dessa noite de Carnaval, mascarada de chocolate Crunch e com a cara pintada de azul, andei apaixonada por ele bastante tempo!
No Verão em que terminei o 12.º ano, de férias com os meus pais no Algarve, no sítio do costume, fui convidada para sair por um rapaz que trabalhava no bar da piscina. Aceitei, e voltei a apaixonar-me! E este amor durou o resto do Verão. Depois, entrei para a universidade, e voltei a apaixonar-me. Este foi o amor que se traduziu no meu primeiro relacionamento sério. Durou o curso todo, depois de terminado o curso casei, e alguns anos depois o amor deixou de lá estar, e voltei a ser só eu.
Recomecei então a viver uma vida de agenda preenchida, com planos e programas para todos os dias e todas as horas. E um dia, sem que eu o esperasse, surgiu de repente outro amor. O fulminante. Aquele que aparece de onde menos esperamos e quando menos esperamos. Aquele que nos ataca de uma maneira tão forte que nos atiramos de cabeça sem pensar muito (ou sem pensar nada) no assunto. Aquele que transformou a minha vida, e que quatro anos depois de ter nascido, trouxe à minha vida outro tipo de amor: os meus filhos! E é este o amor em que estou! O melhor de todos!
Se quiser lembrar-me de todos os meus “amores”, não consigo! A memória não registou a maioria deles! Mas sei que todos eles contribuíram para que eu crescesse, para que eu aprendesse, para que eu me transformasse na pessoa que sou. E ainda houve as paixões, mas este texto é sobre amor!
Pediram para escrever sobre o amor, e eu escrevi! E vocês também o podem fazer! (Aqui) Já conhecem o Mercado dos Santos? A edição amor vai decorrer no dia 8 de Fevereiro, e eu gostava mesmo de estar presente! Vão lá espreitar a página e percebam o porquê!