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# Crónica 9 de 2018 | TPC – Muitos, poucos ou nenhuns; Vantagens e desvantagens; Como gerir? – Parte II

 
Retomamos hoje o tema dos T.P.C. Pela primeira vez o tema abordado obteve feedback da vossa parte e isso foi muito bom! Obrigada! As opiniões de quem se expressou foram unânimes: ninguém se mostrou a favor, quer porque consideram ser uma sobrecarga para as crianças, quer porque nos dias que correm a grande maioria de nós chega com os miúdos a casa tão tarde que fazer T.P.C. implica simplesmente roubar-lhes horas de sono. Pode-se eventualmente abrir a excepção para o fim de semana, mas sem exageros. Vamos continuar a ler a opinião do Psicólogo?
Esta semana a rubrica do Psicologo.pt continua a abordar o tema dos T.P.C. e a pesar na balança as variáveis que tornam os trabalhos de casa produtivos ou desvantajosos. 
Depois de um clássico “depende” como resposta à questão “os T.P.C. são bons para a aprendizagem?”, no último texto, definimos intencionalmente apenas uma variável influenciadora dos resultados (o tempo ou a duração da tarefa). 
Assim, a questão foi deixada em aberto para ser geradora de opiniões, de curiosidade e de reflexão. 
Para a abordagem psicológica do tema, não é relevante ser-se a favor ou contra os T.P.C., porque essa é uma questão de medida educativa ou parental. 
Deste modo, apenas se analisam formas de manipular este instrumento pedagógico para obter melhores resultados para a aprendizagem. Neste sentido, continua-se hoje o tema com o formato simples das dicas ou tips. 
Regressando à pergunta da semana passada, então, como é que os T.P.C. podem ser bons para o aluno? 
1. Tempo 
A duração da tarefa é a variável principal definida na semana passada. 
2. Quantidade 
A quantidade de trabalhos de casa é igualmente uma variável relevante, e deve ter em conta o ano escolar, a disciplina, a matéria, a carga horária, a altura do ano lectivo, a maturidade da turma, a individualidade do aluno, entre outros. 
Os trabalhos de casa devem ser apenas os suficientes para reforçar a aprendizagem feita e para não durarem mais que uma hora no máximo, não sendo necessário serem diários. 
3. Qualidade 
No seguimento da variável anterior, os trabalhos de casa devem focar-se na qualidade, com nivelamento da dificuldade da tarefa segundo os objetivos a serem apreendidos. 
Aliás, a qualidade é mais relevante do que a quantidade, pois como referimos, os T.P.C. são contraprodutivos se forem demasiados e se prolongarem no tempo. 
4. Obrigatoriedade 
Os T.P.C. não deveriam ser obrigatórios, pois são um reforço da aprendizagem feita no contexto escolar, e igualmente uma ponte entre a escola e casa. 
Se forem uma imposição, trazem o risco de ser uma sobrecarga para o aluno, para os pais, e geradores de tensão ou conflito. 
Se não forem obrigatórios, transmitem a pedagogia que se pretende, e promove-se a autonomia do aluno. 
E para a semana continuamos a analisar este tema. 
Esta semana não há T.P.C. 😉 [Mas se opinarem mais sobre o tema nós ficamos muito contentes!]
Abraço, 
Hugo Santos, Psicólogo 

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