Dependência e Independência no crescimento de um bebé




Quando tinham 3 meses, ficaram pela primeira vez com os avós maternos. Os pais foram festejar o aniversário de casamento num jantar a dois. Não foi perfeito, choraram um bocadinho, mas correu bem. Mais uns meses passados, e começou a acontecer ocasionalmente ficarem com os avós paternos, em nossa casa, para a mãe ir com o pai ao ginásio. Jantavam bem, tomavam banho e deitavam-se sem qualquer problema.
Recentemente, o cenário mudou. Com quase 17 meses, a postura e a reacção a pessoas de fora alterou-se. A mudança não se deu de um dia para o outro, mas também não foi gradual. Foi algo que surgiu em determinados momentos, e com pessoas que vêem menos frequentemente, mas que de repente alastrou a todos que não o pai e a mãe. E mesmo assim, momentos há, em que só serve ou o pai ou a mãe.

O cenário comum desde a semana passada, é deixar dois bebés na creche a chorar. É ter que lhes virar costas e sair. É ir trabalhar de coração apertado. Acabam por se calar, acabam por ficar bem, mas aqueles 10 minutos após chegarem, são de drama.

E face a este cenário, questiono-me se terei exagerado no mimo, para que a independência dos meus filhos tenha regredido tanto.
Por outro lado, há o mito, de que as meninas são mais fixadas no pai e os meninos na mãe, mas nesta família, esse mito não se verifica! É precisamente o oposto! Hoje de manhã, fui para Lisboa para uma reunião, e foi o pai que os levou à creche. A Carolina foi a chorar. Normalmente, sou eu que os levo de manhã, e quando o pai se dirige para o carro dele e diz adeus, vai o Daniel a chorar! Se eu perguntar “quem é que quer vir ao colo da mamã?”, a Carolina estica os braços primeiro. Se a pergunta for feita pelo pai, o Daniel nem hesita, e atira-se para os braços do pai em vôo.
Seria de esperar que nesta idade, a independência fosse maior. Pelo menos para mim, E o que vejo é uma regressão. Será uma fase? Fará parte do processo de crescimento? Será fruto do excesso de mimo e do excesso de tempo que passam comigo?
São perguntas às quais darei resposta à medida que o tempo for passando. Porque teorias, há muitas, mas prática, cada criança é uma criança, e reage de forma completamente diferente de outra, mesmo que, como no nosso caso, sejam gémeos.
One Comment
Lena
Olá!
A autonomia e a independência aumentam sempre, mas também aumenta a perspicácia, a capacidade de controlar as emoções, o saber chorar se isso der jeito, etc, etc. Não dêem importância, reforcem a vossa posição, não cedam (muitas vezes) e num instante eles percebem que é tempo perdido! 🙂