Banalidades

Dos sustos

Já tinha acontecido pelo menos duas vezes. O Daniel, engasga-se durante o sono e vê-se aflito para respirar. Há duas noites atrás deu indícios de que se ia engasgar, corremos para a cama e conseguimos chegar a tempo de nem o deixar acordar com a aflição. A noite passada foi diferente. Engasgou-se, nós estávamos no terraço a ler, o pai voou para dentro e já o encontrou de gatas na cama, aflito, a tentar tossir o suficiente para desengasgar. Acalmou-o, deitou-o, mas o susto não o deixou descansar e ficou agitado e choroso. Arrumámos as coisas e viemos para dentro, e quando me aproximei da cama dele, encontrei-o sentado com ar de súplica, aflito, desamparado. Peguei-lhe ao colo e aconchegou-se de imediato ao meu colo. Não sem primeiro me mostrar a boca e dizer que se tinha engasgado.

Levámo-lo para a nossa cama, recostou-se e pediu “teite”. Bebeu um leitinho, deitou-se no meio dos dois, pediu-me a mão, e adormeceu tranquilo.
Haja colinho e aconchego que cheguem para acalmar os sustos, dele e nossos, que de vez em quando estes engasganços nos pregam!

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