Explicações tão cruas e simples, que me deixam a chorar!
Há temas, que por serem tão sensíveis, preferimos ignorar. Preferimos andar para a frente e fazer de conta que aquele problema, não existe. Preferimos esquecer que há quem sofra com ele.
A leucemia, só por si, é um tema sensível. Mas a leucemia infantil… caramba… é sem dúvida um tema sobre o qual eu preferia não escrever! A verdade é que ela existe, e não bate só à porta dos outros. Cabe-nos a nós, a todos nós, encará-la de frente, e ajudar, como pudermos!
A Fundação Rui Osório de Castro, instituição de solidariedade social sem fins lucrativos que apoia a oncologia pediátrica nas áreas da informação e da investigação científica, apresento esta manhã o vídeo animado “Sobre a Leucemia” que visa colmatar a falta de informação fidedigna e de qualidade na área da oncologia pediátrica.
O filme está integrado num projecto da Fundação que pretende abordar os tipos de cancro mais comuns no universo infantil através de animações. O segundo já se encontra em produção e irá abordar os Tumores no Sistema Nervoso Central. Por ano, surgem cerca de 350 novos casos o que faz do cancro pediátrico a primeira causa de morte não acidental na população infanto-juvenil.
A animação de 4 minutos conta a história do Carlos, uma criança a quem é diagnosticada leucemia aguda e a qual acompanhamos desde o momento do diagnóstico e explicação da doença, à realização dos primeiros exames e fase de internamento para realização de tratamentos, como do gradual regresso à vida normal. Numa linguagem científica adaptada às crianças, e com recurso a ilustrações visualmente cativantes, o cancro é explicado à população infantil e suas famílias. “Sobre a Leucemia” estará disponível no PIPOP e nas quatro unidades pediátricas oncológicas a nível nacional – IPOFG Lisboa, Coimbra e Porto e Hospital de São João.
Eu não consegui estar presente no lançamento, mas pedi que me fizessem chegar toda a informação assim que possível, porque é um tema que faço questão de divulgar, que me apavora, me assusta, me angustia. O meu avô paterno faleceu com cancro, e o tema é infelizmente cada vez mais vulgar. Todas as famílias tem pelo menos um caso. Por isso, aqui estou, a tremer, de lágrimas nos olhos, depois de ter assistido ao vídeo pela primeira vez. Porque porra, este tipo de coisas não deviam acontecer e ninguém, muito menos a crianças!