Implodi o menino Jesus

Desde há uns 12 anos, que tenho um presépio que é das peças que mais gosto cá em casa. Todos os anos é religiosamente arrumado no estojo original, bem acondicionado, para que não haja acidentes. Falo desde presépio em cristal fosco da Atlantis, que foi um presente de um tio querido, e que desde o momento em que o vi me fez apaixonar por cada uma das peças. 

A elegância, a simplicidade, o material, a originalidade, são inigualáveis. Infelizmente, no Natal de 2011, sofreu um acidente. A cavidade do menino Jesus, serve para fazer de lamparina. Coloca-se azeite, uma peça própria com um flutuador e pequenos pavios, e acende-se na consoada. Neste famigerado Natal, resolvi usar óleo aromático de lamparina em vez do azeite. O óleo tem um poder calorífico elevadíssimo e eu nem pensei nisso. Resultado? Implodi o menino Jesus! Chorei! Um bom bocado! Mais do que queimar o móvel da sala, fiquei infeliz por perder o meu menino Jesus. Entretanto já fiz planos de comprar um menino Jesus novo, mas o preço é demasiado elevado para o orçamento familiar, e o José e a Maria continuam a repousar dentro dos seus estojos Natal após Natal.

Entretanto, tenho colocado o presépio Peruano que recebi num Natal há uns anos, e que graças a disparatares de gato, já deu tantas quedas, que o menino Jesus está transformado num aglomerado de cacos e cola. Mais uma vez… Acidentes com o menino Jesus a comprometer os presépios desta casa.

Este ano, a maior vítima de violência doméstica nesta casa tem sido mesmo o Pai Natal! Este ultimo, é de madeira, com um tamanho razoável, e está à mão da Carolina e do Daniel, pelo que, anda sempre sujeito a golpes profundos, quedas, pisadelas. Irá resistir? 

Confesso que prefiro que seja ele a sofrer, e que o menino Jesus do presépio fique aconchegado junto das outras peças, com um vela a ilumina-lo!