Meia maratona de Lisboa – o rescaldo!
No que toca à organização, li pelas redes sociais, criticas cerradas ao facto da partida da mini maratona ser feita em simultâneo com a da meia. Concordo que é dificil para quem quer correr, ultrapassar quem não quer. Mas, neste caso, para mim até era simples de resolver. As partidas eram dadas com 10 minutos de diferença, e quando a mini partisse já os atletas da meia estavam com um bom avanço. Claro que isto provavelmente não era assim tão simples de resolver, porque provavelmente 10 minutos não seriam suficientes para deixar passar os 15000 ou 20000 atletas da meia, mas pelo menos os mais apressados já lá iam! No meu caso, que até parti bastante à frente, não me incomodou nada ter a partida em simultâneo. Ultrapassei e fui ultrapassada, com alguns toques e alguns zig-zags, mas nada de complicado!
Antes da partida, acontecem sempre duas coisas, que essas sim me fazem alguma confusão. A primeira, é começarmos a correr e até à ponte tropeçarmos em garrafas cheias de xixi! Pessoas… haja civismo! Façam antes, usem os urinóis que estão no recinto, mas por favor não deixem garrafas cheia de xixi, algumas com tampas fechadas outras nem por isso, espalhadas pelo chão! Gostavam de pisar uma destas garrafas, escorregar e cair? Já pensaram que podem provocar uma lesão? Gostavam de correr com as pernas molhadas porque pisaram uma garrafa que alguém largou e ficaram cobertos de xixi desse alguém?! Isto é só civismo!
A outra coisa que me faz confusão são as peças de roupa abandonadas pelo chão. Nesta corrida não há organização para transporte de bens pessoais da partida para a meta. Ora num local de partida como a ponte, e tendo em consideração que a espera para a partida ainda é significativa, faz falta ter um agasalho! No meu caso, levei um corta vento, que antes da partida foi despido, enrolado, e colocado à cintura. Não é o ideal, porque incomoda, e correr com alguma coisa a incomodar é terrível, mas foi a opção que encontrei. Há muitas pessoas que levam peças de roupa que não se importam de deitar fora, e na altura despem e simplesmente deixam no chão. Não acho que seja bonito, mas percebo a opção. Á organização deixo a sugestão, arranjem [se é que não têm ainda] um sistema que recolha estas roupas abandonadas e as entregue,por exemplo, em instituições de caridade. Ou, organizem um sistema de recolha e entrega de bens pessoais por dorsal.
Corri sozinha, de fones nos ouvidos, a cantar para dentro [acho que em algumas alturas até devo ter cantado alto!]. No tabuleiro da ponte sorri. Cabelos ao vento, sol a bater na cara, música aos berros! Ainda encontrei um colega de trabalho [Parabéns por mais uma grande prova João!], trocámos dois beijinhos e desejos de boa corrida, e continuei. Corri mais depressa do que é meu hábito, e isso reflectiu-se já em Alcântara, quando quebrei e me vi obrigada a parar. Enquanto caminhava, a beber pequenos goles de água para re-hidratar, passou um amigo, que me deu dois beijos e me disse para correr! Ele seguiu, e eu pensei… tens razão! Vou mas é correr! [Thanks Bruno Safara! Apareceste no momento certo!] E corri! Em esforço, mas até ao final! Dizem que nisto das corridas o psicológico conta muito, e reconheço que sim! Mas não é tudo! O treino é essencial, e devemos sempre ter atenção aos sinais que o nosso corpo nos dá e perceber quando estamos a atingir os nossos limites. Nesta corrida houve muitas pessoas a perderem os sentidos. Pode haver 1001 motivos para cair para o lado, mas o Top 3 situa-se entre o calor, a falta de preparação, e a falta de hidratação/alimentação.
Sobre o meu equipamento, parte muito importante da corrida, para além de me ter esquecido dos óculos de sol, coisa que me faz mesmo muita falta e da qual sou completamente dependente, senti-me mal com os meus ténis. Adoro-os e desde que os comprei têm-me acompanhado sempre, mas já no ano passado senti que a determinada altura do ano, se tornaram quentes, e no domingo, definitivamente, o calor nos pés incomodou-me. Idealmente, a minha carteira permitiria chegar-me à frente e comprar uns ténis de corrida de verão, mas como a vida nem sempre é ideal, este pressuposto é errado! E por isso, apesar de saber que vou continuar a correr com os meus Lunarglide5 roxos, andei a namorar os modelitos de Verão de algumas das mais conceituadas marcas de equipamento de running. Por ordem de paixão, apesar de gostar muito de todos!
senhores da vodafone fizeram o favor de me emprestar um alcatel da idade
da pedra com sistema android, que me tem valido umas belas dores de
cabeça e muitas falhas de comunicação, por não ter imessage, whatsup,
email operacional a 100%, etc. Instalei o strava no telefone, e como não
tinha braçadeira para o levar, enfiei-o no bolso do corta vento.
Chateou-me durante a corrida toda, mas fez o seu papel e registou tudo!
Para resolver o problema da música, levei um ipod nano preso na camisola, que cumpriu o seu papel na perfeição! Mas, com isto, percebi que realmente correr com o iphone não é o ideal, e que melhorava a coisa com um relógio que registasse as minhas corridas… assim como este… giro, e sobre o qual tenho muito boas referências, e que ficava tão bem no meu pulso: Garmin Forerunner 220.