Não é insulto!
Foi lançada esta semana a nova campanha de sensibilização do BIPP, com o objectivo de mudar comportamentos. Pretende-se alertar para o facto de que expressões como “deficiente” ou “atrasado mental” são utilizadas indevidamente como insultos a acções humanas censuráveis. Eu acredito que com pequenas acções podemos mudar o mundo, e quero acreditar que vou deixar para os meus filhos, um mundo um bocadinho melhor! Por isso, já aderi!
O BIPP – Associação de inclusão para a diferença, foi criado em 2005 por um grupo de pais de crianças com necessidades especiais. É uma Instituição Particular de Solidariedade Social que tem como missão implementar projectos destinados à inclusão de cidadãos com deficiência na sociedade. O sonho dos fundadores é um dia atingir a plena inclusão na sociedade das pessoas com deficiência em Portugal. A campanha de sensibilização de que vos venho falar hoje é mais um passo nesse sentido.
A sensibilização linguística é muito importante para que as deficiências não continuem a ser citadas em modo de insulto a comportamentos censuráveis, como a parvoíce, a estupidez, a irresponsabilidade, a cobardia, e tantos outros exemplos que todos nós certamente já utilizámos erradamente. O objectivo é alertar contra os conceitos preestabelecidos na sociedade revelando publicamente uma situação grave que está na base dos comportamentos de exclusão social dos portadores de deficiências.
A reflexão pessoal é fundamental, para traduz-se numa mudança social de comportamentos e elimina [ou pelo menos minimiza] a utilização de termos com conotação negativa e de tom insultuoso que servem de bengalas de discurso a crianças e adultos.
Trazer para esta campanha figuras públicas e líderes de opinião faz com que seja criada uma corrente de solidariedade em redor do tema, aumentando exponencialmente a probabilidade de atingir os objectivos delineados.
Eu fui desafiada pela Marta, e já participei! Posso desafiar-vos também? Só precisam de seguir alguns passos muito simples!
1. Escrever numa tira de fita cola o insulto que utilizaram ou de que foram alvo;
2. Tirar uma selfie com a fita na boca;
3. Descrever a situação na qual o insulto foi utilizado;
4. Partilhar nas redes sociais com os hashtags #bipp e #naoeinsulto e #definitivamentenaoeinsulto
[a última fui eu que criei para vos conseguir encontrar a todos!]
5. Nomear [pelo menos] dois amigos para fazer o mesmo.
Podem saber mais sobre a campanha aqui e aqui, e contribuir para uma sociedade mais inclusiva na loja da inclusão.