O novo aquário de “peixes-palhaço”, e um programa de familia que queremos fazer!
Os dias têm andado pouco apetecíveis para a praia, mas já há muito quem esteja de férias. Para nós, ainda faltam umas semaninhas, pelo que, quando chega ao fim de semana, precisamos de usar a nossa criatividade para encontrar programas apetecíveis para miúdos e graúdos.
No ano passado, quando fizeram um ano, resolvemos levá-los ao Oceanário. Fomos sem saber se ia ser um passeio devidamente apreciado, e o facto é que nos surpeenderam, e deram muito mais atenção aos aquários do que esperávamos. Este ano já pensámos em voltar lá, mas acabámos por achar que dado o preço dos bilhetes (13€ por adulto, apenas para a exposição permanente), e uma vez que não haveria nada de novo para ver, não seria um programa muito apelativo.
Entretanto, recebi informação sobre o novo aquário do Oceanário – o aquário de “Peixes-Palhaço”, uma recriação da uma lagoa de recife de coral do Oceano Indico, em que podemos observar a incrível relação entre os peixes-palhaço e as anémonas. Sempre fui super fã deste peixe, e desde que comecei a fazer mergulho e tive o previlégio de mergulhar em alguns paraísos onde observei estes peixes no seu habitat natural, ainda fiquei mais fã!
Este projeto revela a riqueza da biodiversidade destes ecossistemas através das cores exuberantes, tamanho e forma dos animais que neles habitam, entre os quais oito espécies de peixes, dez de corais e três de anémonas. Se montar um aquário de água salgada em casa já é um desafio, a montagem de uma aquário desta envergadura, foi uma maratona! Parabéns aos técnicos do Oceanário!
A relação simbiótica entre o peixe palhaço e a anémona, é perfeita. O peixe-palhaço tem de se sentir confortável na escolha da sua anémona. Começa por lhe tocar levemente e por um longo período de horas ou dias. Depois destas tentativas, começa a segregar uma fina camada de muco na sua pele que o protege das picadas venenosas da anémona. Viver com um peixe-palhaço entre os tentáculos faz todo o sentido para a anémona. Os peixes-palhaço, são extremamente territoriais e defendem afincadamente o seu espaço de outros peixes. Para além disso, a anémona ainda recebe algumas pequenas refeições que os peixes-palhaço deixam cair. Já a venenosa anémona é o refúgio ideal para estes peixes se esconderem dos seus predadores. Os peixes palhaço nascem machos. Ao longo da vida podem mudar de sexo e transformarem-se em fêmeas. Depois da transformação, as fêmeas passam a dominar um grupo de machos, dos quais o maior, será o escolhido para acasalar. Quando a fêmea do grupo morre, o macho maior assume o papel de fêmea e ocorre nova transformação.
De cada vez que visito o oceanário, fico morta de vontade de mergulhar naqueles aquários fabulosos, e ao ver o making off da construção de mais este, relembrei-me do quanto é tranquilizante mergulhar, nadar com criaturas tão belas, dentro de um mundo onde tudo é mais lento, onde o ruído constante da nossa vida é substituido por um silêncio maravilhoso, e onde tudo funciona em simbiose.
Fiquei com vontade de voltar ao oceanário assim que for possível! Provavelmente já não será antes das férias, mas haveremos de o fazer em breve. Deixo-vos a sugestão, para um passeio de familia que me parece promissor!
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Unknown
privilégio…