O que mudou quando me tornei mãe?
Fui desafiada pela Clara, do Blog da Janelinha, para escrever duas ou três frases sobre o que mudou para mim como filha, quando me tornei mãe. A inspiração tomou conta de mim, e não sairam só as 2 ou 3 frases que me foram pedidas. Saiu um texto completo! Autorizei a Clara a escolher e a publicar apenas um extrato, por isso, hoje, Dia da Mãe, deixo-vos o texto na íntegra!
Fui
filha única durante 7 anos. Recordo-me bem desses anos, de ser o centro das
atenções, de toda gente me fazer as vontades e me mimar. Depois nasceu a Joana.
Um bebé pequenino em casa foi uma emoção. Nunca tive ciúmes nem me fez confusão
dividir as atenções. Dois anos depois, veio o André, e as atenções foram ainda
mais divididas. No primeiros anos a três, diverti-me imenso como irmã mais
velha, mas passado pouco tempo, entrei na adolescência, fiquei com o mau feitio
inerente a essa fase, e a minha especialidade era contrariar tudo o que me
dissessem. Estava sempre do contra! Com o passar dos anos, a minha relação com
a minha mãe tornou-se maioritariamente numa relação de desafio, em que media
forças com ela, sendo que obviamente ela ganhava sempre. Saí de casa cedo, e
com o afastamento decorrente de vivermos em casas diferentes, a coisa melhorou.
Ainda assim, diz-se que quando as pessoas são iguais chocam, e era
efectivamente isso que acontecia na maior parte das vezes.
Passados
alguns anos, e grávida de 7 meses, telefonei à minha mãe, um dia por volta das
2h da manhã, a dizer-lhe que me tinham rebentado as águas, e que ia para o
hospital. A minha mãe ao telefone disse-me que estivesse tranquila que tudo ia
correr bem, e que agora, quando tivesse os meus filhos nos braços, tudo iria
fazer sentido, e ia perceber muitas coisas que ela me tinha dito ao longo dos
anos. A verdade é que ela tinha razão. Ao longo destes quase 3 anos como mãe,
já me revi inúmeras vezes na minha mãe. Já pensei como ela, já falei como ela,
já agi como ela.
alguns anos, e grávida de 7 meses, telefonei à minha mãe, um dia por volta das
2h da manhã, a dizer-lhe que me tinham rebentado as águas, e que ia para o
hospital. A minha mãe ao telefone disse-me que estivesse tranquila que tudo ia
correr bem, e que agora, quando tivesse os meus filhos nos braços, tudo iria
fazer sentido, e ia perceber muitas coisas que ela me tinha dito ao longo dos
anos. A verdade é que ela tinha razão. Ao longo destes quase 3 anos como mãe,
já me revi inúmeras vezes na minha mãe. Já pensei como ela, já falei como ela,
já agi como ela.
Com 54
anos, e mãe de três filhos já adultos, a minha mãe apaixonou-se e adoptou o meu
irmão mais novo. O Gabriel é hoje o irmão mais novo mais doce do mundo! Hoje, aos 57 anos, é mãe de 4 filhos, com 36, 29, 27 e 4 anos.
O que mudou para mim quando fui mãe? Tudo! A minha admiração pela minha mãe
aumentou, e percebi que para fazer o que ela fez, e ainda ter a capacidade e a
coragem de embarcar num desafio como a adopção [especialmente em Portugal]
requer uma coragem que apenas uma mãe tem!
anos, e mãe de três filhos já adultos, a minha mãe apaixonou-se e adoptou o meu
irmão mais novo. O Gabriel é hoje o irmão mais novo mais doce do mundo! Hoje, aos 57 anos, é mãe de 4 filhos, com 36, 29, 27 e 4 anos.
O que mudou para mim quando fui mãe? Tudo! A minha admiração pela minha mãe
aumentou, e percebi que para fazer o que ela fez, e ainda ter a capacidade e a
coragem de embarcar num desafio como a adopção [especialmente em Portugal]
requer uma coragem que apenas uma mãe tem!
Por isso
é isso que eu acho que muda quando nos tornamos mães: compreendemos melhor as
nossas mães, damos-lhe razão [finalmente!], e passamos a admirá-las mais. O meu
desejo, é que um dia a minha filha se reveja em mim, e sinta o mesmo orgulho e
a mesma admiração que eu sinto pela minha mãe!
é isso que eu acho que muda quando nos tornamos mães: compreendemos melhor as
nossas mães, damos-lhe razão [finalmente!], e passamos a admirá-las mais. O meu
desejo, é que um dia a minha filha se reveja em mim, e sinta o mesmo orgulho e
a mesma admiração que eu sinto pela minha mãe!