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Osteoporose | O que é, quem afecta, como prevenir.

Hoje comemora-se o Dia Mundial da Osteoporose [e é também dia de aniversário da minha avó Luísa]. A Osteoporose é um doença óssea assintomática, generalizada a todo o esqueleto, caracterizada por uma densidade mineral óssea diminuída e por alterações ósseas que causam aumento da fragilidade óssea e, consequentemente, aumento do risco de fracturas. Afecta maioritariamente as mulheres, mas também os homens, embora com muito menor incidência com causas distintas.

Por ser assintomática é de difícil diagnóstico, e se não for prevenida precocemente, ou se não for tratada, a perda de massa óssea vai aumentando progressivamente sem manifestações, até à ocorrência de uma fractura. 
Atinge maioritariamente mulheres pós-menopáusicas, e é diagnosticada com a ocorrência da primeira fractura osteoporótica, o primeiro sintoma sugestivo da doença.
A osteoporose, que pela definição operacional da Organização Mundial de Saúde (OMS) é sinónimo de Densidade Mineral Óssea (DMO) diminuída, pode ter múltiplas causas, e pode classificar-se como Osteoporose primária, quando não há uma patologia subjacente que justifique a sua ocorrência., e que resulta, em princípio, da diminuição de estrogénios após a menopausa e/ou da aquisição insuficiente de massa óssea durante a fase de crescimento do indivíduo. Ou Osteoporose secundária, quando a perda óssea é secundária a uma doença, a um distúrbio alimentar ou à toma de medicação.
Hoje em dia, a taxa de pessoas afectadas tem vindo a aumentar, e há maiores probabilidade de uma mulher desenvolver osteoporose do que cancro de mama, ovários ou útero. Cabe-nos a nós, tomar consciência de como podemos mudar os nossos comportamentos no sentido de nos protegermos através da melhor arma de todas, a prevenção!
O leite é a fonte de cálcio mais imediata e mais disponível presente na nossa alimentação diária, mas também os seus derivados, as verduras, conservas com espinha mole e comestível, como sardinha e carapau, as nozes ou o tofu. A Vitamina D é outro factor essencial, pois promove a absorção do cálcio dos alimentos no intestino e assegura uma correcta renovação e mineralização dos ossos. Devemos por isso consumir alimentos ricos em vitamina D, como por exemplo o atum, e devemos favorecer a exposição solar.
Para terem uma ideia, deixo-vos o teor de cálcio presente em alguns alimentos que todos consumimos.
A verdade é que a máxima “Somos o que comemos” também se aplica aos ossos. A nossa estrutura óssea é composta por tecido vivo e precisa dos nutrientes certos para se manter saudável e forte. A formação dos ossos começa na infância, pelo que a osteoporose deve ser entendida como uma doença pediátrica com consequências geriátricas, pois a saúde óssea tem que ser moldada desde cedo, ainda no útero da mãe, através de uma boa nutrição na gravidez.

Durante a infância e a adolescência o tamanho e força dos ossos aumenta significativamente, pelo que são períodos de extrema importância e em que devemos ter muito cuidado com a ingestão de alimentos ricos em cálcio e vitamina D. O leite e outros lacticínios proporcionam até 80% do cálcio necessário nas crianças.
Nos adultos, deve ser assegurada uma ingestão de cálcio na ordem dos 1000mg/dia, e partilho convosco algumas formas simples de o fazerem:
* Consumo de leite com teor de cálcio superior, batidos, gelados de leite e fruta;
* Adição de queijos com baixo teor de gordura e iogurtes nas saladas;
* Adição de sementes de quinoa ou chia às refeições;
* Adopção do consumo de frutos secos durante o dia como snack;
* Consumo de agrião, bróculos e couve galega, grão de bico, lentilhas ou feijão branco nas refeições;
* Consumo de pelo menos 1,5L de água.

One Comment

  • Ana Marques

    Infelizmente lido de perto com isto. A minha avó tem osteoporose no maia alto nivel. Basta uma pequena queda para partir varios ossos. Tem vindo a ficar cada vez mais baixinha a cada ano. Ja nem consegue pegar no meu bebe que fica cheia de dores nos ossos. É tao triste

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