Se há coisa pela qual todos ansiamos religiosamente durante todo o ano é pela chegada das férias! Por aqui, depois de um ano que não se mostrou propriamente complacente, estávamos tão desesperados que mal acreditávamos quando o dia chegou! Mas chegou, e rapidamente nos vimos a caminho do Alentejo, para um local que já consideramos um refúgio e onde conseguimos carregar as baterias. Se nos costumam ler regularmente já sabem a que sítio me refiro, certo?
Chama-se Monte da Cabeça Gorda, fomos lá parar há 1 ano atrás também no inicio das férias de Verão e já lá voltámos tantas vezes que lhes perdi a conta! [E tencionamos voltar tantas quantas pudermos!]. Se espreitarem
o site do monte, até são capazes de reconhecer algumas das crianças que aparecem nas imagens 😉
A verdade é que desde a primeira visita ficámos apaixonados pelo local, pelo ambiente, e acima de tudo… pelas pessoas! E porque é não há nada melhor na vida do que as boas experiências, cedo decidimos que queríamos lá passar uma parte das férias de Verão. Marcámos as datas e ansiámos para que o tempo passasse depressa!
Chegámos a uma 2.ª feira bem quente, instalámos-nos, e voámos para a piscina, onde ficámos até ao Pôr do Sol.
Seguiu-se o primeiro de muitos jantares de grupo, num recanto especial do monte, com um grupo muito divertido e onde a boa disposição tomou de imediato conta de todos. Foi um começo promissor! Estes jantares acabaram por ser uma constante durante a estadia. Juntávamo-nos em grupo numa cozinha só, cada um cozinhava uma coisa, juntávamos tudo e sentávamo-nos à mesa a comer e beber até altas horas. Há lá coisa melhor do que convívio bem disposto e saudável? À mesa se contavam histórias do passado, se comentavam assuntos de actualidade, se faziam projectos de futuro.
Os dias eram passados na piscina e consumidos numa rotina boa com poucas regras e poucos horários, bem ao estilo do nosso querido Alentejo. Não vos vou aborrecer com detalhes, mas resumimos os nossos dias a uma simples rotina. Acordar [não muito cedo], tomar o pequeno almoço, piscina, piscina, piscina, almoço na piscina, mais piscina, até ao pôr do sol, banhos e jantares no recanto do costume.
Pelo meio havia como é claro livros para ler, jogos para jogar, campeonatos de Uno ou de saltos para a água, corridas, jogos de futebol improvisados, uma ovelha bebé para alimentar, animais para tratar, bolos para fazer [que sabiam tão bem ao lanche à beira da piscina] e muita muita conversa para pôr em dia.
Olhar para estas fotografias faz-me sentir o sol a queimar a pele, o sal da piscina a estalar quando seca, o cabelo crespo de tanto sol e sal. Faz-me voltar a ter vontade de estar só ali, sem horários nem rotinas, sem pressas, com tempo para ler histórias, participar em jogos. Com tempo para mimo, para aproveitar a minha família de uma forma que não a consigo aproveitar no dia a dia. Acho que por me sentir tão feliz ali, gosto sempre tanto de voltar!
O bónus destes dias veio com a entrada nas nossas vidas de dois novos amigos, com quem nos ligámos de imediato e de quem ficámos a gostar muito. Um Português [que vive há 20 anos na Alemanha] e um alemão, ambos professores e com uma infinita paciência para todo o tipo de brincadeiras e jogos com os nossos filhos. De boa conversa e muito divertidos, juntaram-se a nós logo no primeiro dia e ficaram até ao fim da semana. Na semana seguinte acabaram por nos vir visitar e conhecer a nossa zona. Agora ficámos nós de os ir visitar a Hamburgo! Um dia destes quem sabe!
Com estes dias tão preenchidos, regressávamos ao nosso T1 já bem tarde, com os miúdos a dormir [adormeciam normalmente no sofá ou na cama do adolescente do monte] e depois de os deitarmos só tínhamos que respirar fundo e aproveitar o silêncio e a tranquilidade fantástica que aquele sítio mágico proporciona.
Não podemos esquecer que a nível de vida animal há sempre novidades quando se vive num monte, e este ano, para além de galinhas e galo, patos, gansos, cães entre outros que já conhecíamos, tínhamos mais um gato – o Kit Kat, que se juntou ao Tony Fonseca, e um carneiro bebé lindo de morrer, a quem era necessário dar leite por garrafa. Estão a imaginar a emoção que era? Uma coisa deliciosa!!!
O nosso último fim de tarde no Monte da Cabeça Gorda brindou-nos com um espectáculo fabuloso! Foi dia de eclipse do Sol, e embora não estivéssemos em localização geográfica que nos permitisse ver o eclipse total, foi possível ver o parcial! Para os miúdos foi uma emoção e adoraram saber o que é um eclipse e ver um! As fotografias não fazem jus ao que era vê-lo ao vivo…
Claro que, esta visão romântica é a de quem visita o monte em férias ou fins de semana, porque viver neste registo, ao contrário do que possa parecer à primeira vista, não é pêra doce! É muito por isto que acho ainda mais incrível a capacidade que a Filipa e o João têm de tão bem receber, de tão bem conviver, de serem tão bons anfitriões. São realmente uma família que está no nosso coração e de onde dificilmente sairá! Gostamos muito de vocês “miúdos”! Obrigada por se terem tornado nossos amigos!
2 Comments
Maria Tomás
Tudo lindo e com muito bom aspeto. Agora ir de férias e ter que cozinhar,não obrigada.
Sara Branco
Para mim não faz sentido de outra forma 🙂 adoro cozinhar e não trocava estes jantares por nenhum restaurante. Beijinho