Banalidades

Ser mãe, por vezes, também precisa de inspiração

Há dias, semanas, fases, ou como lhes queiramos chamar, em que sinto que estou a falhar como mãe. Sinto que não tenho o tempo, a paciência, a disponibilidade mental que devia e que queria ter para os meus filhos. E eles percebem isso. Sentem isso. Ás vezes, sem palavras, demonstram que estão lá para mim, e isso… não tem valor!

Um dia desta semana, em que eu estava em silêncio a pensar num problema há algum tempo, o Daniel levantou-se do sofá, aproximou-se de mim, e abraçou-se às minhas pernas. Naquele momento em que se abraçou a mim, em que me fez parar de pensar em problemas, baixei-me para ficar da altura dele e abracei-o de volta. Aprendeu à pouco tempo o significado da palavra amo-te, mas naquele momento, não se lembrou da palavra e disse-me:
“Mamã. Eu…. eu… esqueci-me!”  fez uma pausa, e perguntou-me: “Como é que se chama aquela palavra de gostar muito muito muito de ti mamã?”
Nestas alturas, sinto que estou a fazer alguma coisa bem, mas como sou perfeccionista, como nunca me sinto satisfeita se não sentir que estou a dar tudo o que tenho para dar, quero sempre mais. Não quero ser a mãe perfeita, mas quero estar lá para eles, corresponder às suas expectativas, ouvi-los e saber responder exactamente como eles precisam que responda. E nem sempre o consigo fazer.
Quando me sinto menos realizada com o meu papel de mãe, quando sinto que preciso de inspiração, procuro ler sobre temas que me inspiram. Hoje, numa fase em que ando com a cabeça ocupada com coisas que me preocupam, li este texto, e gostei. Partilho-o convosco para que também vocês se inspirem! 
“Eu sei que a forma como atuamos com os nossos filhos lhes serve de modelo. 

Eu sei que a forma como lhe digo as coisas tem um impacto brutal na forma como ele vai reagir a uma ou outra situação – afinal de contas somos ‘animais’ sociais.

Agora pensa comigo, sobretudo se os teus filhos estão na idade dos porquês:

– Mamã, de que cor é o céu?
– É azul.
– Sim, mas também pode ser cinzento ou preto, de noite.
– É verdade.
– E porque é que muda de cor?
– Não sei, filho…
– Mas porque é que não sabes?
– … Não sei…

Claro que não tem importância não saberes. Mas isto mostra que os miúdos têm-nos como semi deuses todos poderosos, conhecedores da verdade.

Portanto a forma como eu trato os meus filhos significa, pelo menos aos olhos deles que eles são mesmo assim.

Quando eu escolho dizer ‘menino feio’ ou ‘que palerma!’ (agressivamente!) então, na cabeça deles, é porque ele deve mesmo de sê-lo.
Quando eu escolho dizer ‘Estás mesmo com ar de quem quer ir fazer recortes!’ mostra que eu sei do que é que ele gosta e estou atenta.
A forma como pego nele ao colo, a forma como o visto, tudo MAS tudo isto tem impacto na sua auto-imagem.

Já tinhas pensado nisto assim?”

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