Só um?
Fui lá acima, trocar a fralda à Carolina. O irmão dormia tranquilamente na espreguiçadeira, e como eu estava enjoada, resolvi ficar esticada na minha cama com ela, em vez de voltar a descer. Ela gostou da ideia e por ali foi andando. Ora vinha de gatas ter comigo, ora se sentava e ia fazer festas à gata que estava aos pés da cama. Ora rebolava e se deitava encaixada no meu corpo, ora se virava para o lado contrario e punha os pés na minha cara. Eu mordia-lhe os pés, fazia-lhe cócegas, fazia-lhe festinhas… E ali ficámos, as duas, no silêncio de uma casa adormecida.
Comecei a tentar imaginar, se seria esta a sensação de ter só um bebé. Esta calma, este estarmos ali só as duas, numa cumplicidade só, numa brincadeira só nossa… Mas depressa concluí que não! Nunca somos só nós! Porque mesmo a dormir, o mano estava logo ali, a poucos segundos de distância.
Nunca vou saber o que é ter só um bebé, e não me importo nada! Gosto dessa minha falta de conhecimento!