Sobre birras!
Há fases em que as birras estão constantemente presentes na nossa casa. Estamos numa fase dessas! Ontem, dia do pai, houve actividades na creche. Saímos de lá por volta das 17h30, os três, e o pai teve que voltar ao trabalho. Pelo caminho, fomos a conversar e a combinar que como íamos chegar mais cedo a casa, íamos tomar banho, fazer um bolo, e fazer o jantar, para que quando o pai chegasse a casa estivesse tudo pronto para jantar. A ideia era sentarmo-nos os quatro à mesa a jantar ao mesmo tempo, em vez do habitual, em que eles jantam, se despacham e se deitam, e nós só o fazemos quando eles já estão a dormir.
Ao chegar a casa, assim quase que em modo instantâneo, começaram as birras! Ora a Carolina, ora o Daniel, ora a Carolina ora o Daniel, repetidamente! Asneiras? Mais que muitas! Desde de despejarem água com um barco de plástico grande com que brincam no banho, inundando a casa de banho, a fugirem nus pela casa fora depois do banho [e ainda molhados], a deitarem taças cheias de morangos com açucar para o chão. Houve de tudo! A determinada altura [felizmente], a Carolina desligou o botão da asneira, e ficou o Daniel em modo birra consecutiva. Fazia asneira, fazia birra quando lhe ralhava, ficava de castigo, vinha ter comigo já sem gritar, pedia desculpa, sentava-se novamente à mesa, e voltava à birra, repetindo o ciclo. Quando já ia com um numero avançado de ciclos, e enquanto eu tentava respirar fundo e continuar a fazer o jantar ignorando a gritaria, deitou propositadamente a taça dos morangos com açucar ao chão, e eu passei-me! Levou uma palmada na mão, desatou [outra vez] a gritar, e eu voltei a tirá-lo da cadeira e a sentá-lo no sofá até se acalmar. Passado uns 5 minutos estava calado ao pé das minhas pernas a pedir desculpa, e eu [claro] que lhe disse que sim, que desculpava, mas que ficava triste com ele por estar sempre a pedir desculpa e logo de seguida a fazer mais asneiras.
Depois de os deitar, ainda completamente enervada com este fim de dia dificil, deixei-me corroer pelos remorsos e chorei. Chorei porque me tinha faltado a paciência, porque tinha gritado, porque lhe tinha batido. Porque detesto que isso aconteça. Chorei para me acalmar. Afinal, chorar faz bem! E sim, é isto o mais dificil: educar!
2 Comments
Nina Mota
Como te compreendo, ainda hoje falei sobre as minhas manhãs, que têem sido um desastre!
Não te culpes, educar é mesmo isso, sofrem eles, porque não entendem o porquê de impor-mos limites ao "asneiredo" e sofremos nós, por todos os motivos do mundo.
Tento, (não quer dizer que consiga lol), mas tento manter em mente que o fazemos pelos nossos filhos, é para um dia poder olhar para trás e pensar-mos "fizemos um trabalho fantástico!"
Keep calm 😛
sandra
Não te martirizes ,eles as vezes levam-nos mesmo ao desespero a minha filha também é assim faz muitas asneiras atira a fruta para o chão só porque sim e eu ando semanas a tolerar quando lhe dou uma sapatada é porque já estou desesperada mas acredita que se levasse uma sapatada mais vezes não lhe fazia mal nenhum e já tinha endireitado, existe dias assim que as birras são de tal forma que nem sabemos o que fazer,bjinhos