Banalidades

Toda a verdade sobre a maternidade/paternidade!

Li à pouco este post, e dei comigo a rir-me para dentro! O facto é que como diz o Bruno, a maioria dos pais dividem-se facilmente em grupos após dois dedos de conversa! 

Costuma-se dizer que nunca ninguém conta toda a verdade sobre a maternidade/paternidade. Normalmente, depois de sermos pais, e quando nos deparamos com uma noite mal dormida pela primeira vez, ou com uma birra monumental no supermercado, dizemos algo do género: ninguém me tinha dito que isto era assim! Desabafamos nos momentos em que estamos mais cansados, nas alturas em que o trabalho nos anda a moer o juízo, e a paciência ao final do dia, para fraldas, choros, birras para comer e afins começa a escassear.

Pela parte que me toca, atirei-me à coisa de cabeça e tive dois filhos de uma assentada! Normalmente oiço comentários como: “como é que tu consegues!?”, ou o mais desesperado: “ahhhh dois…” que costuma vir acompanhado de um sorriso amarelo assim meio apavorado, meio de pena! Sinceramente… só não consegue quem não os tem!

Ser mãe/pai, ocupa muito do nosso tempo! Isso é um facto universal! Ocupa muito de nós, preenche todos os minutos do dia, e exige que façamos opções em que, em ultima análise, quem sobra e fica para ultimo plano, somos sempre nós! 

Quando falamos com casais amigos ainda sem filhos sobre esta questão, costumo dizer que só devem dar esse passo, quando realmente sentem que o querem. Não se deixem influenciar por todos os amigos que já têm filhos, pelo pais que querem ser avós, pela família que pergunta a toda a hora quando é que chegam bebés. Neste campo, considero que há que ter consciência de que a vida vai efectivamente mudar! E por vida, leia-se a nossa individualmente, a nossa enquanto casal, e nossa enquanto profissionais da área em que trabalhamos… muda TUDO! E porquê? Pura e simplesmente, porque as prioridades mudam!

A parte que normalmente assusta, tem a ver com o deixar de sair, de jantar fora, de gastar dinheiro em actividades de lazer, de dormir até tarde ao fim de semana, de ficar na praia de sol a sol, de passar a comprar roupa para eles em vez de comprar para nós… enfim, todas as coisas que normalmente, até termos filhos, são o básico. Acontece que, essas coisas não têm que desaparecer por completo. Há oportunidades na mesma, embora menos frequentes, seja por questões de tempo seja por questões de dinheiro. Por isso é que digo que se deve querer mesmo ter filhos. Só assim, os “sacrificios” se fazem sem sacrifício!

Se tivermos filhos porque queremos mesmo tê-los, sentimos que o que eles trazem de novo à nossa vida preenche as lacunas do que deixamos de fazer por eles. E é isso! Podemos ter um dia de merda (passo a expressão!), mas quando ao final do dia, vamos à creche, somos recebidos com um sorriso monumental, um beijo e um abraço, e saímos com uma, duas, (três ou as que forem) crianças pela mão, tudo se encaixa no sitio certo e tudo faz sentido!

Eu tive dois filhos de uma só vez. Tenho dias em que desespero, em que tenho muito pouca paciência, em que me apetece fugir, mas se perguntarem se quero ter mais filhos, respondo-vos na hora que sim! (Bastava ter uma vida financeira menos apertada que nem sequer esperava mais tempo!). Isso deve querer dizer que ser mãe/pai é realmente o melhor do mundo, não? E sim, a mim ninguém me tinha dito que era assim, que cresciam tão depressa e que começávamos tão cedo a ter saudades de ter bebés ao colo!


One Comment

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *