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# Turismo a dois | 262 Boutique Hotel

É certo e sabido e mais do que falado, que para manter a sanidade mental e a saúde de uma relação é MESMO necessário que haja momentos de qualidade a dois! Se me costumam ler, sabem que normalmente tentamos fazê-lo, embora muito poucas vezes devido a limitações várias, mas quando  o fazemos sentimo-nos revigorados! Porém, há alturas em que sentimos que precisamos mais, e outras em que precisamos menos. Nesta saída a dois estávamos a precisar muito mais do que só “mais” e realmente fez-nos muito bem!


Provavelmente leram o meu post sobre o Pesqueiro 25. Se leram, vão já perceber a ligação, e se não leram podem ler clicando aqui. O destino desta nossa noite a dois foi o 262 Boutique Hotel, na Rua Cor de Rosa no Cais do Sodré, no mesmo edifício do Pesqueiro 25.
Deixámos o carro estacionado no parque subterrâneo junto ao Mercado da Ribeira e fomos a pé, pois estacionar na rua mais perto é uma utopia e não vale o esforço de tentar. Fizemos o percurso em 5 minutos, acho que não chega a 100 metros, e como até estava uma noite agradável, soube-nos bem. Entrámos pela porta estreita que já conhecíamos, e fizemos check-in.

Em seguida fomos conduzidos ao nosso quarto, no 2.º piso do edifício. A escada, o corrimão, as paredes, mostram sinais do passado, da idade do edifício e estão todas recuperadas mantendo ao máximo a ligação com o que foram outrora. Uma decoração vintage, minimalista, e com a qual me identifico bastante. Portas antigas recuperadas, e todo um estilo típico dos antigos edifícios Lisboetas que adoro.

Ficámos num quarto com cama de casal, que logo me impressionou pela magnifica cabeceira de cama em tábuas de madeira antigas. Simples e tão mas tão bonito! As tábuas têm as marcas dos anos, da vida que por elas passou e foram cortadas e alinhadas, formando uma cabeceira maciça, imponente, com história. Cada pormenor conta um pouco do que este edifício já viveu, e o quarto tinha detalhes que para mim fazem toda a diferença, com um estilo marcadamente contemporâneo perfeitamente combinado com os apontamentos modernos. 
Sublinho o aproveitamento da janela de sacada para a criação de um coffee corner, com uma madeira-prateleira e o roupeiro-cabide feito com um pedaço de madeira com um ferrolho antigo que achei genial! 
Na casa de banho, toda em cimento polido [o que sonho fazer nas minhas casas de banho e cozinha há séculos] encontramos um design minimalista e moderno que combina na perfeição com o estilo do quarto. A zona de lavatório encontra-se no próprio quarto, junto à porta da casa de banho, e tão simples como uma pequena bancada de madeira com lavatório branco de pousar.

Depois de chegarmos e de nos instalarmos, a verdade é que foi difícil conseguir coragem para mudar de roupa e sair novamente, mas queríamos sair para jantar, pelo que mesmo a custo decidimos ir. Jantámos num mexicano ali perto, e soube-nos muito bem pois apesar de ser um ambiente muito movimentado, um pouco contrário ao que nos apetecia, a verdade é que nos fez sentir turistas na cidade, quase como se aquele mexicano estivesse em plenas ramblas em Barcelona, cheio de vida e de boa onda. Acentuou-se ainda mais a saudade que temos de viajar a dois, que um dia destes havemos de conseguir fazer novamente.

Regressámos a pé, devagar, a apreciar a vida da cidade, demos umas voltas pelos quarteirões para aumentar o passeio e ainda ponderámos sair para beber um copo mas a verdade é que o cansaço e a necessidade de parar se sobrepôs e acabámos por regressar ao quarto. 
Dada a localização, e estando num 2.º andar, confesso que tive receio que o ruído nos incomodasse durante a noite. Pensei que por muito boas que as janelas fossem seria difícil conseguir isolar o ruído de fim de semana numa das mais movimentadas ruas da cidade. Enganei-me! Não nos incomodou minimamente, e a verdade é que na manhã seguinte só acordámos porque tínhamos despertador!

Despachámo-nos e descemos até ao 1.º andar para o pequeno almoço, servido no Pesqueiro 25. Confesso que ver o espaço assim à luz do dia e sem o movimento dos jantares foi totalmente diferente. Reparei em detalhes que me tinham passado despercebidos e apreciei a luz da manhã a entrar pelas grandes janelas do espaço. Fomos prontamente servidos pelo Nuno, de quem vos falei no post sobre o nosso jantar a dois no Pesqueiro, que por estar mais disponível acabou por conversar um pouco connosco e nos contou mais sobre a história do espaço. Uma simpatia!

Sobre o pequeno almoço em si, é serviço à mesa, em tábua onde encontramos pães, croissants, bolos de pastelaria, iogurte, fiambre, queijo, manteiga e compota, e sumo de laranja natural. A bebida quente que escolhemos foi o café com leite, que nunca dispensamos, e foram-nos ainda servidos ovos mexidos com bacon, acabadinhos de fazer, mesmo no ponto e bem temperados.

Apenas um apontamento para referir que não sendo fã de ver bichos marinhos em aquários, nesta manhã perdi-me de amores a ver os camarões a limparem o limo das patas das sapateiras. 

Depois do fantástico pequeno almoço e da agradável conversa que tivemos com o Nuno, passámos no quarto e saímos pelas ruas de Lisboa. Uma linda manhã de sábado de sol, levou-nos até ao mercado da Ribeira onde acabámos por fazer algumas compras para os nossos arranjos florais de Natal. 
Não sem antes aproveitarmos para mais umas imagens das instalações do 262, que adorámos e recomendamos. Porque afinal, não é preciso ir para longe para fazer uma óptima escapadinha a dois! Obrigada pela forma simpática como nos receberam. Adorámos!

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