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Turismo em família com a GOFREE pela Costa Alentejana Capítulo IV

Estou em falta com o que vos prometi, mas esta altura do ano já por si é sempre mais difícil, quer pelo cansaço acumulado quer por ter sempre muito mais coisas em mãos que me “roubam” tempo à escrita, e ainda têm surgido alguns imponderáveis que me têm causado entropia. Finalmente consegui terminar este post, e finalmente hoje trago-vos tudo sobre o último dia da nossa Road Trip pela Costa Alentejana com a GoFree.

Depois de vos ter contado como chegámos à Praia do Amado neste post, hoje conto-vos como foi este ultimo dia de aventura. O dia que nos pareceu render mais, o que nos pareceu mais proveitoso, o que sentimos que podia nunca mais acabar. O dia em que verdadeiramente nos conseguimos sentir no espírito que imaginávamos ser o que teríamos numa viagem deste género.

Depois de na noite anterior, adormecemos embalados pelo crepitar da fogueira e a voz pouco afinada do Italiano que cantava logo ali ao lado, acordámos de um sono reconfortante e tranquilo para um dia maravilhoso com céu azul e muito sol! Como o dia anterior tinha estado bastante cinzento, os miúdos ficaram felizes quando viram que estava um dia óptimo e pediram imediatamente para ir para a praia! Tomámos o pequeno almoço e fomos!

Nesta altura do ano o tempo ainda é muito incerto e apesar de ser fim de semana prolongado, a praia tinha muito pouca gente. Num areal extenso como aquele, isso notava-se ainda mais e dava-nos a sensação de termos uma praia só para nós! Deixámos as coisas na duna onde nos tínhamos instalado e decidimos dar um passeio a pé até ao extremo oposto da praia, onde pelo que víamos ao longe desaguava uma linha de água e onde havia uma imensa duna consolidada que nos apetecia explorar.

A vista do alto da duna era assombrosa. A praia é realmente imensa, e a beleza natural de uma paisagem com tão pouca interferência do  homem era avassaladora. Ficámos por ali bastante tempo, enquanto os miúdos subiam e desciam, duna acima, duna abaixo, rebolando, correndo ou descendo de rabo, numa diversão tal que nem deram pelo tempo passar. 

Depois de passarmos toda a manhã na praia, decidimos que estava na hora de partir. As crianças já se queixavam com fome e como havia uma esplanada muito gira aberta fomos até lá para um almoço rápido. Afinal, era o nosso último dia, ainda tínhamos uma viagem para fazer e quando chegássemos era necessário arrumar tudo novamente em casa pois na manhã seguinte era dia de trabalho e tínhamos que entregar a nossa casa com rodas!

Saímos da Praia do Amado com uma vontade imediata de regressar. De todos os locais onde passámos por estes dias este foi sem sombra de dúvidas o nosso local de eleição. Seguimos rumo a Norte com algumas tentativas de paragem em parques de campismo pelo caminho para limpar o reservatório do WC [pediram-nos 15€ só para parar 5 minutos e despejar e lavar o reservatório pelo que seguimos viagem].
Os miúdos adormeceram pouco depois de termos saído, e ainda fizemos alguns desvios por pequenas localidades e praias da costa um pouco até para termos noção se tínhamos mais locais que fossem adequados para viagens deste género que não conhecêssemos. Parámos na Zambujeira do Mar para comprar croissants para o lanche [Quem conhece os croissants da Mabi? Irresistíveis não acham?] e de seguida  em Porto Covo onde na estação de serviço de Autocaravanas de que já vos falei aqui, fizémos o que precisávamos em termos de limpeza para que a autocaravana ficasse pronta para entrega.

Depois de tratada esta questão, a ideia era parar numa falésia com vista para lanchar, mas antes ainda parámos à beira da estrada para ver passar as embarcações do Tall Ship Races, que tinha tido lugar em Sines nesse fim de semana e que tinham partido nessa tarde. Parámos de seguida à saída de Porto Covo, já junto da praia da Samouqueira, numa zona que tínhamos descoberto à ida para baixo e  que achámos ser perfeita para passar a noite! Lanchámos a ver o mar, num jeito de despedida deste fim de semana nómada que tanto nos apaixonou!

O troço final da viagem de regresso foi o que mais custou. Apanhámos imenso trânsito até chegarmos à autoestrada, e já estávamos cansados e com vontade de chegar a casa para arrumar tudo e preparar a semana que tínhamos pela frente.
Acabámos por concluir que tinha sido mais inteligente e mais vantajoso ficar todo o dia com os miúdos na praia, e fazer a viagem com eles de banho tomado e já a descansar. Tínhamos aproveitado mais, eles tinham descansado mais, e quando chegássemos era só deitá-los e depois arrumávamos as coisas todas com calma. Mas, como em tudo, aprendemos à nossa custa, e da próxima vez, que já sabemos ao que vamos, conseguiremos certamente tomar decisões mais acertadas e aproveiar ainda mais o tempo que temos para viajar e explorar outros locais.
Já vos tinha falado da importância do planeamento, e reforço que levar tudo o mais organizado possível facilita imenso a vida do auto-caravanista. E sim, há imensa informação online, mas fazem falta directórios de locais onde  possamos ter apoio a nível de água, energia e limpeza de WC, bem como sobre locais para pernoita segura. A sensação com que fiquei foi que há muito trabalho a fazer a este nível em Portugal, sendo que pela Europa já é uma área muito desenvolvida. 
O primeiro conselho que deixamos a quem nunca viajou de auto-caravana, passa precisamente pelo planeamento. Da viagem em si, do percurso que querem fazer, locais onde pensam parar, e informação sobre pontos de apoio nas zonas onde planearem andar. Se tiverem capacidade de frigorífico, o que para mim era ponto mais do que necessário e que nesta auto-caravana onde saímos estava garantido, levem a comida organizada e se possível pré cozinhada. Ganham imenso com isso e no momento de fazer a refeição despacham tudo muito mais depressa tirando mais partido do tempo que têm.
Uma vez que terão que levar tudo convosco, optem por loiça descartável, pois lavar loiça implica um gasto acrescido de água o que vos pode fazer diferença na hora de ser necessário deslocarem-se para encher o depósito. Informem-se também convenientemente sobre como funciona a autonomia eléctrica da auto-caravana em que viajam para não serem apanhados desprevenidos e por exemplo ficarem sem bateria para funcionar com os electrodomésticos! Nós conseguimos gerir tudo de modo a não ser necessário carregar nunca nestes 4 dias.
Por último, nunca se esqueçam de escolher locais de pernoita onde se encontrem mais auto-caravanistas. Ganham em segurança e em espírito, pois o ambiente que se encontra nestes locais é muito agradável e as pessoas têm uma atenção e uma simpatia que nos faz sentir bem!
Sobre o comentário que mais tenho ouvido desde que fizemos este fim de semana, de que sai caro passear assim, deixem-me que vos diga que sim, sai caro, mas se fizerem bem as contas, provavelmente compensa. Se eu quiser passar uma semana de férias com a minha família em Agosto, época alta, terei que alugar uma casa ou ficar em hotel, e terei que me deslocar até ao destino. Ora para 4 pessoas, só alugar a casa, considerando destinos perto da praia, fica a um preço que sai do orçamento de uma família de classe média em Portugal. Se em vez disso optar por alugar uma auto-caravana, junto o alojamento ao veículo para a deslocação. Tenho que somar ao valor do aluguer o gasto de combustível e as refeições que terei que fazer, mas, feitas contas por alto, consigo uma semana de férias com tudo incluído para 4 pessoas por um valor aproximado de 1500€ e com total liberdade de me deslocar para onde quiser e quando quiser. Agora digam-me lá se não acaba por sair mais barato do que a maioria das opções de férias para família em época alta? Eu acho que fica!

Os primeiros capítulos desta nossa aventura já foram publicados há umas semanas, por isso recordo-vos aqui todos os links para que possam ler a história completa:

# Turismo em família | GOFREE pela Costa Alentejana | Capítulo I

Ficaram com vontade de experimentar? Entrem em contacto com a GOFREE por email, falem com a Maria e saibam tudo! Tenho a certeza que vão adorar!

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