Tenho uma ligação muito forte com Tróia. Na minha infância / adolescência acampei vezes sem conta com os escuteiros na península do Sado, e tenho recordações fabulosas desses tempos. Dias de muita diversão, praias de areal extenso e um mar ou rio, conforme o lado escolhido, perfeitos para as actividades náuticas que preenchiam a maior parte dos dias. Nessa época, Tróia não estava na moda. Tinha algumas torres de apartamentos em mau estado, herança da antiga Torralta e estava no geral mal cuidada, sendo que ainda assim, em época balnear as praias tinham bastante procura, em particular das pessoas de Setúbal que atravessavam o Sado de barco para usufruir das praias imensas.
No final da década de 80 começou a nascer Soltróia, uma urbanização turística e residencial com certa de 133 ha ladeada a este pelo Rio Sado e a oeste pelo Oceano Atlântico. O empreendimento foi iniciativa da família árabe Al-Khedery e iniciou-se a construção das primeiras habitações. A maior parte dos proprietários são famílias de Lisboa que utilizam as casas como segunda habitação.
O tempo passou, e os ventos de mudança trouxeram-nos hoje para uma Tróia cosmopolita com vários empreendimentos turísticos de elevada qualidade que constituem uma oferta muito apelativa procurada quer por Portugueses quer por turistas estrangeiros que afluem cada vez mais a esta zona.
A minha paixão por Tróia nunca desvaneceu, e sempre disse que se a minha carteira suportasse uma segunda casa, a escolha recaía sem sombra de dúvidas lá! Foi por isso com alguma expectativa que marquei um fim de semana em família através da SolTroia Villas. O plano era fazer uma espécie de encerramento do Verão, estando longe de imaginar que íamos ter a meteorologia do nosso lado, e aquele fim de semana de fim de Setembro ia mesmo saber a Verão!
Saímos a uma sexta feira, depois de uma semana longa, e mais pela piada do que por outra coisa decidimos fazer a travessia de ferry. Não seria a minha primeira escolha, porque feitas as contas acaba por compensar conduzir até Alcácer do Sal e dar a volta por terra, mas os miúdos adoram andar de barco, e estando sozinha com eles acabava por ser mais fácil atravessar o Sado.
Chegámos “ao outro lado” e em 2 minutos estávamos na recepção do SolTróia Villas, com a simpática Sara, um dos elementos do staff que estava encarregue de nos receber e de nos acompanhar até à moradia onde íamos passar o fim de semana.
Após algumas breves explicações, quer sobre a estadia quer sobre o próprio empreendimento, seguimos para a Villa 24, uma moradia com piscina, que acomoda 10 pessoas em 4 suites, 3 de casal e 1 com 2 beliches.
Percorremos cada divisão da casa com a Sara, que nos foi dando as indicações necessárias [e que nos tinha deixado uns miminhos na mesa da sala]. Assim que ficámos sozinhos quiseram escolher quartos, porque isto de estar numa casa com 4 quartos permite esse tipo de decisão! A casa tem 3 quartos de casal e 1 quarto com 2 beliches, todos eles com casa de banho privativa. Adivinham qual foi a escolha? Os beliches claro! Ficaram ambos na cama de cima, coisa que em casa não acontece porque só têm um! Estavam muito felizes com essa possibilidade! Por uma questão prática, optei por nos instalar a nós no quarto imediatamente ao lado do deles, pelo que ficámos nos dois últimos quartos da casa. [Podem ver todos os quartos bem como outros detalhes sobre a casa aqui]
Enquanto fiquei a arrumar tudo, os miúdos não aguentaram mais a ansiedade e foram pôr os pés de molho na piscina e percorrer cada recanto do jardim! Estavam curiosos por conhecer em pormenor cada recanto da casa em que iam viver durante o fim de semana!
Enquanto se divertiam nas suas explorações, arrumei rapidamente malas e comida e assim que terminei, chamei-os e perguntei se queriam ir ver o Pôr do Sol à praia. A minha sugestão foi recebida com entusiasmo e em 5 minutos estávamos os três na rua a percorrer os cerca de 200 metros que nos separavam do extenso areal.
Neste pequeno percurso, foi possível perceber que ainda há alguns lotes para construir, mas também que apesar da dimensão do empreendimento o sossego não é comprometido. Claro que pesa o facto de termos lá estado num fim de semana de pouca afluência, mas o silêncio é fabuloso e poder usufruir de uma tranquilidade a este nível num local tão paradisíaco é realmente um privilégio!
Atravessámos a duna num dos acessos existentes, e deparámo-nos com um cenário de cortar a respiração! O mar quase espelho, um fim de dia muito quente e uma praia a perder de vista completamente deserta. Ao fundo, a Serra da Arrábida e um céu em tons rosa que fazia lembrar um postal. Uma paisagem perfeita. Respirei fundo, fechei os olhos e sentei-me na areia. Tudo o que precisava era de absorver aquela boa energia. Aproveitar cada segundo era o objectivo e foi o que fizémos! Eu sentada na areia só a contemplar, eles a brincar na areia e claro, a correr!
Regressámos já no lusco fusco e só este bocadinho que ali passámos fez com que nos sentíssemos de férias! A envolvência, tranquilidade e beleza natural eram tudo o que precisávamos! Um balão de oxigénio gigante ali mesmo ao nosso alcance!
Depois de fim de dia tranquilo, tomámos duche [os três juntos! Os duches da casa são enormes e eles adoraram a ideia] e jantámos. Pediram para jantar no sofá a ver televisão! E como sou apologista de que as regras existem também para se quebrarem quando nos apetece, deixei! Jantámos os três a ver os Simpsons e apesar de terem tentado com todas as forças esperar pelo pai, não conseguiram e acabaram por adormecer no sofá. Levei-os para a cama ao colo, completamente adormecidos e fiquei eu à espera do maridão a ver o “Dirty Dancing” no Hollywood relembrando o meu filme preferido da adolescência.
Na manhã seguinte, ansiosos por rever o pai e partilhar tudo o que fizeram no fim do dia anterior, acordaram mais cedo do que nos apetecia a nós. Mas ter filhos é isso, e lá nos levantámos para tomar o pequeno almoço. Os miúdos estavam em pulgas para sair de casa e mostrar a praia ao pai, e lá fomos dar um passeio a pé pelas ruas do empreendimento e passar uma parte da manhã à praia. Estava um pouco de vento, embora pouco, e a temperatura muito agradável convidava a ficar ali a apanhar sol. Passámos a manhã na praia e o tempo voou!
O almoço foi em casa, peixe grelhado à beira da piscina. O avô Caldeira foi ter connosco de ferry e levou peixe espada fresco comprado no Mercado do Livramento. Se há coisa que sabe mesmo a Verão e férias é um bom peixe grelhado, e saboreá-lo de fato de banho colado ao corpo intercalado com bons mergulhos ainda sabe melhor. Foi isso mesmo que fizémos e foi assim que passámos toda a tarde. A aproveitar cada minuto para tirarmos partido do facto de podermos estar juntos, de termos ar livre, um jardim e uma magnifica piscina.
Quando o sol começou a descer, quiseram voltar à praia. Na véspera o pai não tinha estado pelo que quiseram mostrar ao pai como é bonito o pôr do sol visto dali. Desta vez aventuraram-se e subiram para cima de uma das embarcações de recreio que se encontravam nas dunas fingindo que estavam a velejar. A luz da chamada Golden Hour em Tróia é magnifica. Já vos tinha mostrado isso nas fotografias do dia anterior, e estas mostram exactamente a mesma beleza. Para mim, é das melhores horas para fotografar.
Depois deste dia magnífico, passei mal a noite, soube depois que culpa de uma virose, e o meu domingo foi quase todo passado na cama. Mas, não tendo aproveitado o último dia, o resto da família aproveitou! Foram tomar o pequeno almoço fora, e passaram o dia na piscina com o pai! De vez em quando iam à minha procura, davam-me beijinhos ou levavam-me uma chávena de chá e voltavam para mais uma ronda de mergulhos.
Outra das coisas que fizeram e que adoram, foi pintar pequenas pedras e conchinhas que apanharam na praia. Tal como a mãe, adoram apanhar todo o tipo de relíquias, e recentemente começaram a achar graça pintar este tipo de materiais com caneta de feltro. Foi o que os entreteu bastante também neste domingo.
Tróia é realmente um local privilegiado, com umas condições naturais soberbas e que permite sair da rotina, quer para férias quer para fins de semana sem exigir uma deslocação longa. Foi um fim de semana mesmo muito bom, numa casa que superou as nossas expectativas. Do alto dos seus 5 anos, logo no dia em que chegámos e quando íamos a pé para a praia, o Daniel e a Carolina diziam-me: “Oh mamã, se nós tivéssemos uma casa mesmo nossa aqui podíamos sair da escola nas 6.ªs feiras e vir sempre passear e descansar aqui neste sítio. Era tão bom pois era, mamã?” Pois era filha! E ter a oportunidade de fazer isto nem que seja só de vez em quando é maravilhoso!
Resta-me agradecer a toda a equipa da Soltróia villas pela forma não só como nos receberam e acompanharam durante o fim de semana, mas pela preparação cuidada que revelaram ter para nos ajudar a simplificar a estadia. É a marcar a diferença que se consegue ficar na memória e o SolTróia Villas sem dúvida marcou! Obrigada!