Despedidas dos filhos
Despedir-nos dos nossos filhos, por umas horas, uns dias… deve ser assunto de ponderação. Vivi uma vez uma situação que me deixou a pensar, e que me fez rever o meu procedimento, e hoje, seja pelo que motivo que for, nunca saio sem me despedir!
Já tinha tido situações em que os deixava na creche, entretidos, e não me despedia deles. Com o crescimento, e o aumento da consciência sobre a vida e as rotinas, começaram a perceber que ficam lá de manhã, e saem de lá à tarde, e regra geral, ficam bem dispostos. Há dias em que não querem ficar, outros em que vão a correr para dentro da sala e nem olham para trás!
Há tempos atrás, num dos dias em que não queriam ficar, saí num momento em que estavam distraidos, sem me despedir. Na altura pareceu-me o melhor a fazer, mas depois comecei a pensar no assunto, e fiquie cheia de remorsos. Sair sem que me vejam a sair, pode ser ainda pior. Quando voltam a olhar para onde eu estava e não me vêem, sentem-se enganados. Nesse dia, efectivamente, foi o que aconteceu. Quando se aperceberam que eu tinha ido embora, fartaram-se de chorar.
Nos dias em que o pai vai dar aulas, ao sair de casa, optou também por se despedir sempre, e por lhes dizer que vai trabalhar. Por vezes choramingam, perguntam pelo pai vezes sem fim, dizem que não há papa, mas sabem com o que contam! Quando o pai saía sem eles darem conta, iam para a porta chamar por ele, e o Daniel chegou a acordar por volta das 23h a chorar porque queria o pai.
Na semana passada deixámo-los com os avós em 2 situações distintas. Umas horas com os avós paternos em nossa casa, e umas horas com os avós maternos em casa dos avós. Em ambas as situações saímos despedindo-nos, dizendo que já voltavamos. Em ambas as situações eles disseram adeus, e ficaram tranquilamente a brincar. Em ambas as situações, quando regressámos, fomos recebidos com gritos, saltos, abraços e beijos!
Por isso, para mim, sair e deixar os filhos, na creche, em casa, com avós, amigos… implica SEMPRE que haja despedidas. Prefiro que chorem mas saibam com quem ficam e que os pais voltam, do que fiquem sem saber o que se passa, ou que na cabeça deles os pais tenham apenas desaparecido!
One Comment
Alfacinha e companhia
Eu também tenho esse hábito. E ao deitar e acordar também é sempre com um grande beijo e abraço.
BJs.